Coprocessamento expande economia circular e reduz impacto de resíduos sólidos no Brasil

ECONOMIA CIRCULAR

Verdera

9/11/20244 min ler

Vertical Economia Circular

d e s e n v o l v i d o p o r

Coprocessamento expande economia circular e reduz impacto de resíduos sólidos no Brasil

A economia circular vem se consolidando como um pilar essencial na transição para um futuro mais sustentável, desafiando o modelo tradicional de "extrair-produzir-descartar". No Brasil, onde a produção de resíduos sólidos urbanos (RSU) alcançou 77,1 milhões de toneladas em 2022, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), iniciativas que promovam o reaproveitamento desses materiais são indispensáveis para reduzir o impacto ambiental do descarte inadequado e diminuir a dependência de aterros sanitários. Nesse contexto, a tecnologia do coprocessamento destaca-se por permitir a valorização de resíduos não recicláveis, integrando-os 100% ao ciclo produtivo em setores como o da construção. O coprocessamento, amplamente utilizado em países da América do Norte e Europa, é uma tecnologia que substitui o uso de combustíveis fósseis não-renováveis por Combustível Derivado de Resíduos (CDR) nos fornos de cimento e incorpora o resíduo da queima (cinzas) no processo de fabricação do cimento, não gerando novos passivos ambientais e mantendo qualidade do produto final. Este processo utiliza altas temperaturas que, além de transformar os resíduos em energia, não deixam rejeitos e evitam a emissão de gases poluentes que impactariam o meio ambiente, caso esses materiais fossem descartados em aterros. A Verdera, unidade de gestão e destinação sustentável de resíduos da Votorantim Cimentos, tem atuado como uma das principais empresas no Brasil a realizar a transformação de resíduos não-recicláveis em CDR e a destinar esse produto para o coprocessamento. Desde o início de suas operações, a empresa já coprocessou mais de 5,5 milhões de toneladas de resíduos, que não foram depositados para aterros sanitários, reduzindo a emissão de mais de 4,7 milhões de toneladas de Co2. Com 19 unidades operando no país, a Verdera é líder de coprocessamento no Brasil. A empresa quer ampliar cada vez mais a destinação de resíduos no país. Em Salto de Pirapora, no interior de São Paulo, está com um projeto em andamento para dobrar a capacidade de utilização de combustíveis alternativos tais como resíduos e biomassas, reduzindo assim a utilização de combustível fóssil. Outro projeto recentemente inaugurado foi em Itaperuçu (PR), com uma planta totalmente nova e com capacidade para processar 48 mil toneladas de resíduos ao ano — quase o triplo da capacidade anteriormente instalada no Paraná. De acordo com Eduardo Porciuncula, gerente geral da Verdera, a unidade em Itaperuçu representa um avanço na oferta de destinação sustentável para resíduos no Paraná, onde o serviço já atende setores como o químico, automotivo e alimentício, entre outros. "Estamos ampliando nosso apoio às indústrias, empresas e cidades do estado, trazendo novas soluções para a gestão sustentável de resíduos e promovendo a economia circular. Isso permite que materiais anteriormente considerados resíduos passem a ser utilizados como matéria-prima na fabricação de cimento", afirma. A nova unidade de processamento de resíduos da Verdera, no Paraná, conta com 4,4 mil metros quadrados e está equipada com um moderno triturador e laboratório de análise que garantem a confiabilidade e a eficiência do processo. Isso possibilita o tratamento de novos tipos de resíduos, incluindo móveis, materiais paletizados e até resíduos armazenados em tambores. O resíduo tratado na unidade é coprocessado na fábrica da Votorantim Cimentos em Rio Branco do Sul (PR), garantindo total rastreabilidade dos materiais. As empresas que não tratam seus resíduos sólidos correm riscos como multas, responsabilização civil e criminal, além de riscos à imagem e reputação. A unidade Verdera no Paraná possui um sistema de prevenção de incêndio de última geração, que detecta gases antes que se formem chamas e permite o combate automático, com uso de água pressurizada. Para empresas, indústrias e comércio, e municípios que buscam alternativas sustentáveis para o manejo de seus resíduos, o coprocessamento da Verdera representa uma solução vantajosa tanto ambiental quanto economicamente. Além de aliviar os aterros, o coprocessamento gera menos emissões de gases poluentes comparado ao descarte comum e potencializa a economia circular ao reinserir resíduos não recicláveis na cadeia produtiva como combustível. Além disso, garante 100% de rastreabilidade na gestão dos resíduos, conforme exigido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Verdera, unidade de gestão e destinação sustentável da Votorantim Cimentos, destinou mais de 1 milhão de toneladas de resíduos só no ano passado.