O Desafio da Generosidade no Brasil:

Uma Queda no World Giving Index

SOCIAL

Diego Bartolo

9/11/20242 min ler

Social

Por Diego Bartolo, Co-Founder & CSMO na Incentiv

O Desafio da Generosidade no Brasil:

Uma Queda no World Giving Index

Após figurar entre os 20 países mais generosos do mundo em 2021, o Brasil sofreu uma queda drástica de 71 posições no ranking World Giving Index 2022, passando da 18ª para a 89ª posição. Mesmo com essa queda significativa, este é o segundo melhor índice do Brasil desde 2009.

A Doação como Conexão Humana

Particularmente, vejo a doação como uma conexão que as pessoas têm com quem precisa de ajuda. E nem sempre doar está relacionado a fatores financeiros. O próprio levantamento revelou que apenas 3 dos 10 países melhor colocados no ranking estão entre as maiores economias do mundo (Indonésia, Estados Unidos e Canadá), enquanto um dos países mais pobres e menos desenvolvidos, a Libéria, aparece em quarto lugar.

Fomentando a Cultura da Doação

Certamente, continuar fomentando a cultura de doação é fundamental para manter o espírito de solidariedade vivo. No entanto, para avançarmos em solidariedade, é preciso ir além. É necessário implementar políticas públicas que incentivem as doações, investir em programas educacionais que ensinem sobre a importância da doação e exigir transparência por parte das organizações sobre como utilizam os recursos doados, prestando contas de seus projetos e do impacto na comunidade.

Impacto da Cultura da Doação no ESG das Empresas

A cultura da doação não só fortalece a coesão social e apoia causas importantes, mas também desempenha um papel crucial nas práticas de ESG (Environmental, Social, and Governance) das empresas. Ao integrar a filantropia e a responsabilidade social corporativa em suas operações, as empresas podem colher diversos benefícios que reforçam suas estratégias de ESG.

Os números do último relatório indicam uma queda em todos os indicadores de generosidade no Brasil. O índice de doações para Organizações da Sociedade Civil caiu de 41% para 26%. A ajuda a estranhos, que foi praticada por 76% dos respondentes no ano anterior, caiu para 64%. O voluntariado também apresentou uma queda, passando de 25% para 21%.

Analistas de pesquisas, representados no país pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, atribuem a boa colocação do Brasil em 2021 aos efeitos da pandemia, que aumentou a generosidade e tornou as formas de participação mais evidentes

Os imigrantes aparecem como mais propensos a doar do que os nascidos no país (43% vs 39%). Entre os países que lideram o ranking dos mais solidários do mundo estão: Indonesia (pela sexta vez consecutiva), Ucrânia e Quênia.

A Atuação da Incentiv

A Incentiv, como uma plataforma inteligente que trabalha para transformar impostos em impacto social através da atuação em rede, valoriza a solidariedade e a coletividade. E através de soluções estratégicas conecta empresas, pessoas e projetos que estejam com os objetivos ambientais e sociais alinhados. Permitindo que ideias saiam do papel e transforme a realidade de milhares de pessoas, com o lema: “Escolha incentivar, do restante a gente cuida”.

Continuar a incentivar e apoiar causas sociais é crucial para promover um futuro mais justo e solidário para todos.

Por Diego Bartolo, Co-Founder & CSMO na Incentiv